29/11/2006

FLAGELOS DE DEUS

Seria maravilhoso reunir nestes juízos as excelências da intenção às delícias do acto livre. Eu queria ser o menos venerável e o menos frívolo dos autores. Queria com uma mão tocar o bico de uma estrela da poesia e com a outra a via láctea da ciência. Ah! eu queria abranger o grande espaço entre os extremos da cultura, e semear a área total do Mundo com incêndios de justiça. E de todo o fogo obtido desse modo, extraír a purificação do homem, libertando-o do jugo ostensivo da amargura.
Gostaria de gravar no bronze do sofrimento humano palavras milenárias como esfinges de redenção e aladas como pássaros verdes de esperança. palavras de santos, de sábios, de artistas, que soassem na alma dos homens como madrigais da Eternidade.
E então, sim, tenho a impressão, subtil impressão que me invade de alegria, que o Mundo se povoaria com essa raça de homens que descende em linha recta do antepassado glorioso que é Cristo.
Esta realidade é um longe perto, embora as aparências continuem a favorecer a violência de todas as opressões exercidas pelos flagelos de Deus sobre o corpo e a alma da Humanidade.
Quem são os flagelos de Deus? As minorias priviligiadas que sempre assolaram o Mundo com a voracidade das suas ambições, a tirania do seu poder e a corrupção dos seus costumes.

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